Texto pessoal e intransferível.
Para: O cara daltônico que gosta de Bob Dylan
Por inúmeras vezes jurei pra mim mesma não escrever sobre você. E é o que tenho feito por muito tempo.
Você pode até não ter saído da minha cabeça, quando me pego distraída lembrando dos nossos dias, mas não escrever sobre tudo isso torna a coisa toda menos real, como um sonho distante e turvo.
A verdade é que, apesar de tudo você não foi esquecível e acho que nunca será. (Essa frase em especial já escrevi pelo menos 20 vezes antes de aparecer aqui.)
Por muitas vezes sinto saudade do tempo em que te via sempre e as noites eram regadas de random talk, simplesmente pelo fato de que nos dávamos bem.

E quando os portões se abriram para o publico entrar e eu estava no meu lugar, encontrei tantas pessoas conhecidas e você não estava no meio delas, mas por algum motivo senti que você estava sentado lá, assistindo ao mesmo show que eu.
Tivemos dias bons até onde consigo lembrar e nunca esqueço a primeira vez que falei com você e das musicas que ouvimos.
Mas também não dá pra esquecer a parte ruim. Afinal, acho que a vida não é vida se não tiver um lado ruim, desse jeito as partes boas valem muito mais a pena.

Acho que sempre vou sentir sua falta e das noites ao som de gaitas, mas essa é uma das coisas que já me acostumei a conviver. A sua não presença que sempre se fez presente.
Então até um dia Dylan boy, quando as desventuras não nos rodearem mais, as circunstancias foram favoráveis e o vento soprar para o lado certo.
Jessy McLovin.