terça-feira, 26 de junho de 2012

But I know I'll see your face again

Para: O cara inconsequente que insiste em ser incrível.

The Drugs Don't Work by The Verve on Grooveshark


Tenho vontade de te salvar.

Te salvar de você mesmo, desses dias que te engolem.
Fazer pra você andar em cima um caminho de tijolos amarelos para que nunca se perca.
Queria trazer sol para os seus dias, só para levar essa nuvem que te cobre embora.

Queria te mostrar para todo o mundo e te levar para longe. Encher sua cabeça das coisas mais bobas que alguém possa inventar, assim você pensaria menos.

Queria que a vida fosse mais colorida e menos triste e que sua maior viagem fosse em um avião para aquele país que um dia fizemos planos de ir.

Queria que você tivesse mais motivos para fazer a coisa certa e que pensasse mais no amanhã ou que segurasse minha mão antes de pular.

Queria prender teus pés no chão, mas jamais te impedir de voar.

Queria que a brisa que batesse em você fosse a do mar.

Queria que você desenhasse mais no papel e menos na pele.

Queria saber que posso acordar pela manhã sem o medo de você não estar mais lá.

Queria que você se importasse.



- Jessy McLovin

segunda-feira, 25 de junho de 2012

extra pillow.


porque somos um pseudo-casal. 

Somos cúmplices. Dividimos uma cama de solteiro, a conta do bar e histórias. Gostamos de cachecóis, filmes do Tarantino, tatuagens e Coldplay. Enquanto eu cozinho, você escolhe alguma música pra escutarmos – e às vezes, acaba escolhendo aquela música que eu tenho tatuado – e seu frango empanado é melhor que o da Palmirinha.
Ouvimos Metallica e Lana del Rey (sem vergonha) e quando estamos bêbados (ou apenas felizes demais) cantamos algum sertanejo. Dançamos na cozinha, no bar e rolamos pela cama de solteiro. Você é o melhor nos dardos e eu a melhor no twister. Brigamos e muito, e sabemos que sem brigas não teria graça.
Nossas próprias piadas, nossas manias e nossa rotina, que nunca é chata. Nossos maços de cigarros, nossas risadas que são únicas e as histórias que você conta que sempre são engraçadas ou com um final muito doido.  Meu falatório que ou te irrita ou te faz morrer de rir. O modo como cuidamos um do outro quando a gripe ataca, como nos abraçamos e ah... Como nos beijamos. Tudo é único. Somos únicos, arianos, eu santista e você são paulino.
Seu cabelo (lindo, é claro) que sempre sofre quando invento de fazer uma trança, meus cílios que você ama, suas costas bonitas e minhas pernas bonitas. Sua barba ruiva e meu cabelo enorme.
Você não finge gostar de alguma coisa só porque eu gosto, e eu não finjo interesse quando você passa horas e horas vendo lutas anteriores do UFC.  Madrugadas em claro conversando sobre as coisas mais íntimas de nossas vidas, a força que você me deu quando minha vó foi operada e o apoio que te dei quando você quis mudar de país.
Gosto da sua polo cinza e de como as cores combinam com você. Você gosta quando uso salto e da minha camiseta verde da Marvel, que eu nunca vou usar porque é verde.  Gosto da sua família e das suas cachorras, você gosta da minha família e do meu primo de 4 anos que acredita que é o batman (ou babão, no inglês dele). Tudo funciona muito bem entre nós, na cama, na cozinha e até comendo sushi com você me ensinando a usar aqueles palitinhos.
Temos medo de fantasmas, principalmente depois de ver “Atividade Paranormal 3” no cinema e ficarmos sozinhos no apartamento. Você não tem medo de bicho algum, eu por outro lado, faço escândalo quando vejo uma barata. (Em um apocalipse zumbi você seria o herói).
Somos insuportáveis, teimosos e preguiçosos, mas sabemos ouvir e ajudar, sempre. Nossas conversas sobre filmes, seriados e música (confesso que adoro quando você me elogia dizendo que entendo muito de cinema e música , mas você entende mais de Game of Thrones do que eu).
A maneira como você me apresentou para todos seus amigos, a maneira como você segura minha mão e como se preocupa com minha saúde.  Não falamos sobre política, mas temos a mesma opinião.  Eu não sei andar de bicicleta e você não sabe nadar. Bebemos muito, comemos muito e odiamos acordar cedo.  E falamos ‘eu te amo’ em situações inusitadas, choramos (eu mais, é claro), dormimos abraçados e acordamos com os cabelos em pé. Mesmos sonhos e planos. Terça-feira é o nosso dia predileto da semana, assim como lasanha está para comida predileta e cerveja para bebida predileta.
O final de semana mais bonito na cidade que dá pra ver o mar mediterrâneo, a última manhã de 2011 deitados no sofá, assistindo “O Chamado”. O primeiro eu te amo de 2012, primeiro beijo e primeiro sorriso.
E continuamos juntos, mesmo enfrentando um oceano de distancia. Amar é isso, é sentir saudade e ao mesmo tempo sentir a presença um do outro, é chorar lendo uma declaração via facebook, é falar eu te amo todas as noites baixinho pro travesseiro extra que está na nossa cama de solteiro.
Amamos o que somos e o que temos. Somos únicos, cúmplices e existimos.

p.s. GIGANTESCO da narradora:
“Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano... Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. (...)Você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome(...).
O Jabor escreveu uma crônica sobre nós (sem pedir, obviamente).

Estou feliz, sorrindo banguela pra todo mundo. E esperando você com meu vestido de leopardos (que pra mim, continuam sendo dinossauros), com as pernocas de fora e com cerveja na geladeira. 

We can do anything,
Priii (sim, eu voltei).









terça-feira, 19 de junho de 2012

Forever Analisando

Era uma vez um... 
Um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e... oh wait! Não era assim que eu ia começar...
AAAANNNYYWWAYYYYY



Bad Moon Risin' by Creedence Clearwater Revival on Grooveshark



Esse até que é um assunto batido, mas não custa nada falar de novo, já que esse infeliz está sempre por perto.

Não só eu, como pessoas que conheço tem o mesmo questionamento...


O que é essa necessidade de ter uma pessoa contigo o tempo todo?
Sei que não é de proposito, afinal a gente já nasce com esse botão preso no automático.

É até feio sair sozinho por ai. Ir no cinema all by yourself então é o mesmo que você dizer que é um adorador do coiso ruim.
Mas por que?

Porque oficialmente, segundo as leis da sociedade (essa bela biscate), você não pode estar sozinho. Pois estar sozinho é sinônimo de...



Porque não, você não está sozinho por opção e sim porque o mundo te despreza. 
Mas poxa vida, não cansa quando chega o fim de semana e o seu tio vem perguntar: 

- IUSNAMORADU? JÁARRUMÔALGUM? 


Se você responde não, com certeza em algum momento daquele dia vai se arrepender de ter nascido.


A pressão de ter uma companhia vem de todos os lados. Família, amigos, trabalho... sob o seguinte argumento: 'Você precisa aproveitar a vida'
É possível aproveitar a vida com um playstation ou com os mesmos amigos de sempre.
Mas se você fizer tudo isso sem um par romântico perde a validade?

Na época da minha avó, pegar na mão da pessoa já era considerado desonra. Então como ela conseguiu sobreviver tantos anos antes de se casar?  
Porque se eu bem me lembro ninguém nunca morreu de foreveralonismo.
A ideia é: Esteja em um relacionamento, bom ou ruim. 

É obvio que é bacana ter uma companhia, ninguém nunca disse que não era. Pra falar besteiras, dividir segredos, jogar videogame junto e andar pela cidade. Mas isso também não é uma obrigação. 
Não é feio fazer as coisas sozinho, não é pecado.

Ok, não estou certa por esperar que o Doc Who apareça na minha porta de madrugada me chamando para uma de suas aventuras, mas também não está certo quem pensa que para achar uma boa companhia tem que sair pegando a sapucaí inteira como teste.

Então a menos que você seja a pessoa ideal que alguém esta procurando ou como diz a Zooey "Piece of thepuzzleyou're my missing part", não vejo porque encher o saco dos outros.


Enrolei tanto que acabei por não falar o que queria.
Eu realmente acho que se sentir solitário é natural e raiva do amor alheio em publico também é (por amor eu digo uma pegação muito bizonha e por público eu digo o trem/metro).
Não é o fim do mundo querer alguém e não achar, mas também não é o verdadeiro apocalipse zumbi querer ficar sozinho.
Porque existe um Grand Canyon entre sozinho e solitário.


Os tios sempre serão os mesmos chatos, isso não dá pra mudar. A sociedade... blah!
E se você é um foreveralone, pelo menos espero que seja um...





P.S da autora:
Mas pelo amor de Deus, não façam como ela!



- Jessy McAlone
DIGO!! Jessy McLovin

créditos do tema para a Carol Bizzi