quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

pra você, querida

ou pra você que é de sagitário.

Eu poderia de muitas formas pedir desculpas pela coluna de dias até escrever essas palavras bobas minhas hoje aqui, acontece que você já sabe como eu sou displicente, e se não respondo e-mail, escrevo cartões ou telefono é porque falta tempo e sobra preguiça.

Eu criaria um dia de 36 horas só pra nós duas, você me contaria a sua vida de agora e eu te contaria todas as histórias que tenho vivido no trabalho. Eu juntaria nossos bairros e criaríamos a nossa cidade, cheia de casas coloridas bares, cinemas e docerias. Mais shows do Paul aqui e toda sexta-feira show da Cachorro Grande, porque todo mundo precisa de um capricho e homem usando gravata tocando rock.

Eu quero dizer que quero que você seja feliz, meu Deus, como eu quero isso. Que você sempre me mande e-mails com capítulos daquele livro que tentamos escrever e e-mails com desabafos, pois você sabe que eu tenho um dom especial pra dar conselhos. E que você sempre me ajude quando eu estiver meio perdida entre relações confusas.

Vou continuar puxando sua orelha quando você soar depressiva demais e marcando cinemas que nunca acontecem- prometo, nesse novo ano fazer um acontecer mesmo-. Te mostrar músicas novas pra você se apaixonar, chorar com todos seus depoimentos, ler os mesmos livros pervertidos que você e dar pulinhos quando você me mostrar cenas dos filmes do Depp.

Não quero que você suma por causa do tempo, quero que você continue por ai, lendo minhas palavras e me dando apelidos maravilhosos. Não quero sentir saudade de você, nem dos nossos dias dourados em que só estudávamos e enchíamos a barriga de besteira nas férias. Eu quero mais tempo, mais tempo com você pra vivermos nossos dias dourados novamente. Mais tempo pra você me contar as historias românticas do mundo da música e me explicar o que não entendo na gramática.

Continuar acreditando que já éramos amigas em outra vida, que vampiros brilham no sol e que você é louca pelo macarrão ao molho branco da minha vó. Acreditar que Kate Nash sempre falará por nós quando estivermos sufocadas e que você sempre será a cópia paulista da Norah Jones.

Que você chore por coisas bobas, sei lá, chore porque seu caderno não é da moranguinho, ria por coisas mais bestas ainda, abrace mais e seja mais abraçada. E não suma, não se perca nessa imensidão de pessoas que você conhece. Que em noites turbulentas as estrelas estejam lá por você, que você vá ver o mar e faça desenhos na areia. Milhões de balas de goma pra você, músicas do Killers pra você dançar, filmes franceses e livros pra você me dar spoilers.

E ah sim! Continue se apaixonando, não se prive do amor jamais. E não se preocupe, eu sempre estarei por aqui pra te proteger de qualquer cara que você vá se apaixonar.

Seus novos anos serão lindos, vai por mim, eu acredito nessas coisas. Acredito em você, no tempo, em taças de vinhos, nos bandolins, em “homens de verdade” que usam jaquetas de couro, nos livros que lemos, nos filmes que vemos e nas coisas que compartilhamos numa janela do messenger pela madrugada.

Acredito pra sempre que dias ensolarados serão sempre nossos dias para ouvir Rooney e nos entupir de bala de goma com sorvete.

E como é sempre necessário,

Eu te amo, feliz aniversário (atrasado) minha querida amiga.

p.s da narradora:

pra você garota dos olhos castanhos.

Happy in her own little world,

@PriiiG


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