terça-feira, 14 de junho de 2011

thoughts of you

you just know, you just do. (conversas de bar II)

VCR by Xx on Grooveshark


Tenho me sentido como uma dedicatória que foi lida no mínimo 14 vezes. Acordo todos os dias pensando se estou gostando ou não de você, se tudo foi verdade ou apenas um desses meus devaneios em que misturo minha realidade com nossos filmes.

Gosto mais dos nossos filmes, tenho revisto todos e tenho mostrado nossas músicas para as pessoas, porque cá entre nós, as pessoas não podem viver sem antes escutar essas músicas que você me apresentou. Alias, sinto você nessas músicas, que me obrigo a escutar todos os dias.

Cada trago de cigarro que dou é como se fosse pra te irritar, você sabe que eu tenho essa necessidade absurda de sempre querer te irritar com meus palavrões, cigarros e minha persistência para que você responda minhas benditas perguntas.

Guardei aquele meu vestido florido que você tanto gosta dentro de uma dessas gavetas que não consigo abrir e guardei as palavras que poderia te falar pra tentar mudar tudo isso também. Você diz que eu gosto de mostrar o que já está subentendido, talvez eu nunca mais venha a me questionar o que sinto por você e porque com você tudo é tão diferente, tão correto.Guardo esses questionamentos dentro da gaveta também.

Tomo meu café e penso em você, às vezes até falo de você. E as pessoas no trabalho perguntaram onde está o sorriso dos meus olhos nos últimos dias, respondo que você levou junto com seu presente, dedicatória e abraço.

Não sinto ainda a tua falta, porque você sem perceber, deixou sua essência dentro de mim, do meu quarto, da sala e debaixo do meu travesseiro. Não procurei seus defeitos ainda debaixo da minha cama e nem apaguei seu toque na minha pele fria.

Enquanto você dorme preocupado em todas essas coisas da tua vida, eu fico acordada pensando em como fui deixar tudo chegar a esse ponto em que estamos agora. Acabei de pensar se você ainda pensa em mim, se gosta de mim ou se apenas tem ainda vontade de passar aqui em casa e me fazer rir.

Você me faz rir até quando diz que está indo embora. Na verdade, ainda não decidimos se você ainda foi ou não. Acho que somos do tipo de pessoas que nunca se vão, apenas se afastam por semanas, sonhos e dias e quando menos se espera, aparecemos em algum desses lugares que as luzes dançam em nossos corpos.

Todo mundo sabe que você me faz feliz, eu sei disso, você sabe disso e acho que até meu leão de pelúcia sabe disso, e mais! Ele sabe que eu te faço feliz também, nem que seja a curto prazo, você gosta de ter-me por perto. Então, por ora, só te ter por perto, já basta.

(e eu nem sei muitas coisas sobre você, mas sei quais músicas te fazem dançar e quais filmes te fazem chorar. pensando bem, acho que sei muito sobre você).

Mas eu queria muito que você fosse [embora], falasse um desses ‘adeus’ sem cerimônias e eu te desse um dos meus sete sorrisos. Um sorriso sincero enquanto você me desse o último abraço e, eu lembraria de todos nossos (poucos) momentos e ficaria entalado em minha garganta o apelido que tanto gosto de te chamar – hoje em dia, não sei ao certo qual apelido usar contigo.

Eu fecharia a porta, subiria o elevador e pensaria em você, mas com cuidado para não sofrer, porque eu sei que você ao se afastar não quer me machucar. E eu acredito em você. Então, eu encho minha xícara com chá quente e mexo você com a colher na minha xícara do batman. E penso em você quando a brisa sopra meus cabelos.

Fico me perguntando qual borboleta bateu as asas lá na Ásia para acontecer todo esse vendaval aqui na nossa avenida cheia de luzes e nós.

Você tem dito que vai me encontrar em outra vida, enquanto eu resfriada afirmo que vou sumir por mais algumas semanas, quem sabe assim você volta completamente pra mim, nem que seja por uma noite? Acho que perdi meu bom senso dentro do seu carro, enquanto você cantava aquela música que fez parte da nossa trilha sonora aquela noite.

Então vá. Apague a luz do meu quarto e vá, corra pelo país afora só não corra mais por minhas veias e pele. E lembre-se de mim, eu sei que você vai fazer isso, sem que eu precise pedir. Leve esse jeito tão encantador e irritantemente paulista e politicamente correto à praia, vá ver o mar por mim.

Apague a luz e deixe-me aqui pensando em você.
E depois volte pra mim.

Volte por completo, nem que seja em outra vida quando ambos formos gatos.

p.s. da narradora:
i think we’re superstar.
let’s get lost, me and you,
@PriiiG

2 comentários:

  1. sua linda! mais um texto perfeito de novo. pare de escrever sobre minha vida se não terei que pedir direitos autorais! -N <3

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  2. haha terei que pedir direitos autorais tb.

    *grande fã do blog aqui

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