Esse é um texto pra lá de especial. Ele foi feito pela Mari Gondim, que é uma das primeiras leitoras do blog e a que mais se fez presente até hoje. Até se tornou amiga.
Então ter as palavras dela aqui é mais que importante, é necessário.
Espero que gostem my good fellas.
@JessyMcLovin
Bom dia, passarinho.
Então ter as palavras dela aqui é mais que importante, é necessário.
Espero que gostem my good fellas.
@JessyMcLovin
Bom dia, passarinho.
Quando você encontrar esta carta eu provavelmente já estarei muito
longe. Clichê, não? Muito. É que eu vi um romance pra lá de açucarado na TV,
deve ser por isso.

Você me ensinou a tocar violão, meditar, dançar, beber. Sentiu ciúmes
quando eu abracei aquele amigo que você não conhecia. Pior ainda: sentiu ciúmes
e agiu como adulto. Lembrando bem, você nem me disse nada, eu só percebi porque
alugou Bastardo Inglórios e assistiu sozinho, nem me avisou. Eu fiquei com
tanta raiva! Mas foi assim que você me mostrou que eu posso ser interessante e
que os homens reparam em mim.

Sabe, todos os dias pela manhã, quando
você sai para trabalhar e o Allen sobe na cama, me olha com aqueles olhinhos
miúdos e se enfia debaixo dos lençóis, eu penso que a nossa vida juntos tem se
baseado nele de uns temos pra cá. Eu nem gostava de gatos, meu bem, eu queria
um cachorro! Engraçado... Hoje, eu não trocaria o Allen por cão nenhum neste
mundo. Falando nisso, eu já comprei a ração dele, mas não tive tempo de colocar
no pote, deixei esta tarefa pra você.
E já que passamos aos avisos, eu queimei a sua camisa do Marx (foi sem
querer!), comprei sorvete pra te abastecer durante uma semana e aluguei algumas
comédias baratas pra você de distrair um pouco. Espero que não soe prepotente,
mas eu sei que você vai chorar, então também comprei algumas caixas de lenços e
guardei no armário do banheiro. Bem, acho que é só isso.
No mais, eu te amo. Eu te amo muito. Eu passaria o resto da minha vida
com você, mas eu simplesmente me acho pequena demais, frágil demais, imatura
demais. Você é o homem com quem eu tenho sonhado desde os meus doze anos. E é pra
não te perder que eu te deixo.
'If I could, I would be
there.'
Mari Gondim
Ai, a Mari como sempre... hoje e sempre, amanhã e sempre, todos os dias. O texto é leve, simples, direto. De tão leve a gente acredita até o final que o desenrolar não vai ser triste. Mas tem um gostinho feliz na tristeza...
ResponderExcluirSempre tem, Sayo. Até o que é triste tem lá sua beleza.
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