quinta-feira, 1 de julho de 2010

eu acredito.


você acredita, nós acreditamos, eles acreditam.

Eu acredito em música, nas pessoas que gostam das mesmas músicas que eu e gostam das mesmas coisas que eu. Acredito em respeito, em dor, em filmes, vinis espalhados pela casa e filmes arrumados em ordem alfabética na estante. Acredito que choro mais em filmes do que com a minha própria vida, que sou mimada, chata e egoísta, que abraços são bacanas. Acredito em cerveja, em tequila e dancinhas feitas lá pelas 3h00 da manhã sem nexo algum, acredito em saudade, em ódio, dor e romance. Acredito em shows lindos e únicos,acredito em moda, em all star vermelho, óculos de sol, cachecóis e guarda-chuva.

Acredito que o Paul é melhor que o John, que eu sou preguiçosa e falo alto demais. Acredito em futebol, em famílias reunidas tomando café. Acredito em mentiras e em verdades, em livros, em vento, em gritos de felicidade. Acredito que falo muitas besteiras, que me irrito facilmente com qualquer coisa, que perdi a conta de quantas vezes fui ao hospital, que minha infância foi estranha. Acredito que terei menos que 1,60 pra sempre, que sempre vou fazer planos e não cumpri-los, que sempre terei milhares de segredos e esmaltes vermelhos. Eu acredito que sempre carregarei essa cicatriz na mão esquerda, que meus cabelos irão se manter pretos, que sempre irei temer a morte e que só irei acordar de verdade depois de uma xícara de café. Acredito em pessoas que observam em silêncio e riem alto, em bondade e maldade, em vingança, em sorvete de morango, em cartas, em palavras e acredito em sextas-feiras, em verão, em beleza, eu acredito em tempo, acredito quando olho nos olhos, acredito em perda, acredito em dinheiro.

Acredito em amor de mãe e avós, que ainda sofrerei por um garoto e que irei fazer mais um sofrer, eu acredito em samurais, no Batman e no V, acredito em cinema, acredito que sempre irei me sentir bem quando chegar em casa. Acredito que muitas pessoas zombam de mim, que danço sozinha no meu quarto, que canto debaixo do chuveiro, que tenho medo do Freddy Krueger, que tenho histórias demais pra contar, muito o que escrever e ver ainda, que deveria ter nascido nos anos 70 e que deveria ter ido no show do Bob Dylan. Acredito que não sou a mais bonita e nem a mais simpática, que eu falo palavrão demais, acredito que eu teria um filho com o Morrissey e que as minhas pernas sempre serão finas. Acredito que nunca jogarei meu all star verde e velho fora, que nunca enjoarei de calça jeans e que a minha família sempre será a definição de amor infinito.

Acredito que não causo nenhum efeito “uau” nos homens mais acredito que quando passo em frente a alguma construção ouço uns “e ai gatinha”, eu acredito que demoro pra responder e-mails, que minha mãe sempre será fã do Nando reis e meu tio sempre será meu herói da vida real.
Acredito que sempre irei usar óculos escuros em dias de sol, óculos de grau apenas para ler, que sempre me sentirei feliz em abril, que nunca me cansarei de ler a mesma coisa e que nunca vou me querer sentir como apenas uma coadjuvante na estória de alguém.
Acredito que sempre irei querer pessoas que se lembrem de mim, me escrevam canções ou coisinhas banais só para eu me sentir querida quando tudo estiver uma merda.
Eu acredito que eu poderia ser uma pessoa normal, morna e seca. Só que eu não quero, obrigada.


ps da narradora: texto antigo que achei perdido numa das minhas gavetas. Estou feliz, sol bonito, unhas vermelhas, cabelos pretos, cerveja na geladeira, música boa ressoa pelo apartamento. Um bom começo de julho,não?

Primeiro post de julho, obrigada a todas as visitas e por eu ainda ter esse espaço para mostrar o que escrevo.
Ótimo Julho pra vocês, lá no horizonte distante coisas boas chegam a todos nós.

Stay Beautiful,
PriiiG

ouvindo: muse_

Nenhum comentário:

Postar um comentário